Sob um olhar que você nunca viu
É indiscutível a importância econômica das hortaliças no Brasil, cuja cadeia produtiva movimenta bilhões de reais por ano. Porém, são poucas as publicações sobre o aspecto didático, lúdico e terapêutico que elas podem estimular. Nesta obra estão reunidos exemplos de como a horta pode, além de fornecer à população alimentos frescos e saudáveis, ser uma ferramenta de prática educativa, integração social e preservação ambiental. São apresentados aqui diferentes projetos que tem a horta como atividade central para envolver variados grupos: crianças, pessoas com necessidades especiais, reeducandos do sistema prisional, estudantes e a população em geral. Entre os resultados desses diferentes projetos, temos em comum a economia de recursos financeiros; o aumento do consumo de hortaliças, a satisfação pelo trabalho ao ar livre, a conscientização ambiental e o estímulo do senso de equipe. A partir dessas experiências, os autores analisam os projetos que tiveram a horta como ferramenta de integração social para promover benefícios a todos os envolvidos no seu cultivo, inclusive com a participação de docentes, alunos e ex-alunos da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Antonio Ismael Inácio Cardoso é engenheiro agrônomo formado na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), com mestrado em Agronomia (Horticultura) pela Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e doutorado em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas) pela Esalq. Tem experiência profissional nas áreas de produção de sementes e melhoramento genético de hortaliças. É professor no Departamento de Produção Vegetal da FCA/Unesp, câmpus de Botucatu, responsável pelas áreas de Produção de Hortaliças e Sementes de Hortaliças, tanto na graduação como na pós-graduação.
Felipe Oliveira Magro é engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Lavras, mestre e doutor em Agronomia (Horticultura) pela Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ocupa o cargo de engenheiro agrônomo no Departamento de Agronegócio da Prefeitura de Jundiaí desde 2013. Atua nas áreas de horticultura (manejo e tratos culturais, produção orgânica e produção de sementes) e fertilidade do solo.
Em um mundo que ainda se ressente da pandemia de covid-19 e das perspectivas pouco alentadoras que ela abre, este pequeno e vibrante elogio às massas é um bem-vindo respiro: aqui, Hans Ulrich Gumbrecht – que, em paralelo à sua prolífica atividade intelectual no campo das ciências humanas, é ávido apreciador de esportes (e apaixonado torcedor do Borussia Dortmund) – encontra razões poderosas e vieses inexplorados para elogiar as multidões, explorando com olhar entusiasmado o estado de espírito que elas ensejam.
Comer: necessidade básica, desejo primal, obsessão patológica: uma inextrincável mistura que Rossi investiga e descreve de modo magistral, explorando as inúmeras nuances que o verbo assumiu na história da humanidade.
O reconhecimento do profundo abalo que vem sofrendo a fé no progresso, na ciência e na tecnologia para conduzir o mundo rumo a uma convivência menos violenta e mais solidária motiva o diálogo deste livro entre o cientista política e sociólogo francês Edgar Morin e o filósofo alemão Christoph Wulf. Resultado de um programa radiofônico levado ao ar na França, este livro apresenta a preocupação permanente de relacionar o individual com o universal. Os intelectuais revelam em suas falas, a necessidade de o homem contemporâneo elevar a sua autocrítica, a sua lucidez e a sua abertura intelectual e ideológica para conviver com o diferente.
A intenção deste estudo é analisar o conceito de affordance de James Gibson (1904-79) e suas implicações teóricas e filosóficas, principalmente no que se refere às noções de informação e de percepção. O termo é utilizado em vários campos, como em psicologia de percepção, psicologia cognitiva, psicologia de ambiente, design industrial, interação homem-computador, design de interação e inteligência artificial, mas o livro aborda, principalmente, as interações agente-ambiente baseadas na percepção visual. Os autores partem do princípio de Gibson de que, como um organismo visualmente sensitivo, o homem se move para atingir as suas metas e tem grande parte de suas atividades sob o controle direto da visão, possibilitando uma interação dinâmica com o meio. Assim, duas perspectivas teóricas foram revistas neste livro - a perspectiva representacionista, que admite que as representações mentais são necessárias para a percepção visual, e a perspectiva ecológica, segundo a qual o ambiente pode ser percebido sem o envolvimento de processos representacionais. O estudo discute ainda uma variedade de aspectos relacionados ao conceito de affordance, tais como a noção de reciprocidade (animal-ambiente, percepção-propriocepção e percepção-ação), as relações com eventos, sua ontologia e as principais críticas feitas por cientistas cognitivos.
A formação da identidade nacional moçambicana é aqui analisada por um sociólogo que, além de testemunha, foi protagonista do processo de independência, tendo também ocupado cargos ministeriais. José Luís Cabaço mostra os conflitos culturais, as ideologias e as políticas que moldaram o país africano desde o período colonial até a luta emancipadora dos anos 1960 e 1970, quando opta pelo modelo socialista.